Alguns setores da economia são considerados primários, como é o caso da mineração e do agronegócio. No entanto, são esses segmentos que têm ganhado força em meio à crise econômica durante a pandemia de covid-19.
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O panorama do cenário econômico tem sido impulsionado pelo câmbio favorável, além do aumento na demanda por commodities, principalmente nos países que se recuperam dos problemas provocados pela covid, como a China. Segundo especialistas, os setores de mineração e agronegócio aumentaram sua influência no Produto Interno Bruto (PIB).
Os fatores que comprovam a liderança dos dois segmentos podem ser observados nos indicadores de alta em exportações, pagamento de impostos, balanços financeiros das empresas dos dois segmentos e na atração de investimentos.
De acordo com análises previamente realizadas pelos especialistas da área, atualmente as atividades realizadas no campo e nas minas possuem muito mais tecnologia do que anos atrás, o que acaba influenciando no aumento de valor agregado aos dois setores.
Com a nova realidade tecnológica, a Mineração e o Agronegócio acabam produzindo muito mais e, consequentemente, proporcionam benefícios econômicos para outras áreas.
Segundo o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Rafael Cagnin, as novas tecnologias ampliam os impactos econômicos da mineração e do agronegócio. “É cada vez mais tênue a linha entre o setor primário e os setores da indústria e serviços”.
O pesquisador do Ibre/FGV, Cláudio Considera, é também responsável pelo Monitor do PIB. Segundo informações divulgadas pelo especialista, o peso da agropecuária na economia alcançou 12,6% no primeiro trimestre de 2021. No mesmo período em 2016, por exemplo, os indicadores mostravam o peso de 6,8% do agro na economia.
Os dados da participação da mineração na economia mostram uma evolução de 0,9% para 3,5% do PIB neste mesmo cenário de comparação.
No primeiro trimestre deste ano, os impostos decorrentes da mineração aumentaram 101%. O percentual é um indicativo relevante de aceleração do setor para a economia brasileira após a crescente de 36% em 2020.
José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), tem previsões otimistas para a mineração brasileira. Segundo afirmou, o minério de ferro deve voltar ao topo da pauta de exportações do Brasil ainda este ano, retomando o patamar perdido para a soja no ano de 2015.
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