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VALE APRESENTA PLANO PARA BARRAGEM E CORTA 10% DA PRODUÇÃO

fevereiro 1, 2019 | Tubos Oliveira Notícias

Valor Econômico 31/01/2019

A Vale vai cortar 10% de sua produção anual de minério de ferro, anunciou ontem o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman. O executivo disse que a mineradora vai reduzir em 40 milhões de toneladas a produção de minério de ferro, e cortará a produção de pelotas em 11 milhões de toneladas. Os volumes de redução serão atingidos no prazo de um a três anos. A previsão da Vale para 2019 era de produzir 400 milhões de toneladas de minério de ferro.

A redução na produção será motivada porque a Vale vai desativar dez barragens de rejeitos construídas pelo método a montante em Minas Gerais, o que vai exigir investimentos de R$ 5 bilhões. A única forma de descomissionar essas unidades é parando a produção, disse Schvartsman. “A Vale está descomissionando todas as barragens a montante. A Vale, espontaneamente, tomou a decisão de paralisar todas essas operações e imediatamente se lançar no descomissionamento das mesmas”, disse o executivo.

Ele apresentou ontem ao governo o plano de descomissionamento (fechamento) de barragens de rejeitos de mineração, construídas pelo método a montante, o mesmo da barragem I da mina de Córrego de Feijão, que rompeu na sexta em Brumadinho (MG). A estratégia da companhia surge como resposta à tragédia de Brumadinho, e foi apresentada por Schvartsman aos ministros Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

O presidente da Vale afirmou que a baixa na produção deverá ocorrer no período de um a três anos, prazo programado para o fechamento das dez barragens a montante que não recebem mais rejeitos, mas que ainda não foram desativadas. Ele informou que esse procedimento já foi realizado em nove estruturas de contenção e armazenamento de rejeitos em Minas Gerais. No total, a Vale tem cerca de 133 barragens de diferentes tipos.

De acordo com Schvartsman, a companhia investirá R$ 5 bilhões no plano de descomissionamento das dez barragens do tipo a montante, semelhantes não só à de Brumadinho, mas também à da Samarco, que rompeu em Mariana, em 2015. Segundo ele, desde então, a companhia já tinha desfeito nove barragens, de um total de 19 estruturas existentes a montante. As dez que restaram não recebiam mais rejeitos de mineração, mas ainda não haviam sido fechadas, reforçou o executivo.

“Hoje, trouxemos a decisão da companhia de fazer de uma vez por todas o que é necessário para encerrar qualquer dúvida sobre o sistema de segurança da Vale”, afirmou o executivo, após reunião com Albuquerque.

Schvartsman explicou que o plano de fechamento das barragens é tocado em paralelo à ação prioritária da mineradora de prestar atendimento ao resgate das vítimas.

De um total de 19 barragens existentes, dez que restaram não recebiam rejeitos de mineração

Desde o primeiro rompimento, em 2015, a mineradora tem buscado utilizar a operação “a seco” de rejeitos da atividade. “Devemos entregar todos os projetos para licenciamento dos dez descomissionamentos em dez dias. Em Brumadinho, vamos fazer um trabalho de recuperação que só não está em andamento porque não terminou o trabalho de remoção das vítimas”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de haver uma intervenção do governo na diretoria da Vale, o presidente da companhia foi taxativo ao dizer que o assunto não foi debatido nos encontros de ontem com os ministros de Minas e Energia e Meio Ambiente. Ele informou ainda que sequer houve pressão sobre o conselho de administração. “As reuniões trataram de assuntos meramente técnicos”, assegurou.

A ida de Schvartsman a Brasília, ontem, teve o objetivo de mostrar ao governo o plano de segurança de barragens da companhia. O executivo disse que, apesar do impacto da decisão sobre a companhia, o descomissionamento das barragens será benéfico para a Vale. “Isso representa o esforço inédito de um empresa de mineração. Será uma resposta cabal à tragédia em Brumadinho”.

Segundo o presidente da Vale, o plano de descomissionamento começou a ser construído com a ajuda de especialistas internacionais, com sistemas sofisticados de auditorias, desde a tragédia de Mariana, há três anos. Ele informou que ontem mesmo seria publicado um fato relevante para comunicar a decisão do conselho ao mercado.

“Depois do primeiro desastre que aconteceu chegou-se à conclusão de que não poderíamos conviver com esse tipo de barragem”, afirmou Schvartsman. Segundo ele, “tão logo tivermos com o licenciamento ambiental” será iniciado o processo de descomissionamento. Ele avalia que “não existem grandes discrepâncias entre a legislação brasileira e a de outros países”.

Durante entrevista à imprensa, o principal executivo da Vale disse que não comentaria o efeito da decisão sobre preço internacional do minério, pois seguramente a cotação seria influenciada. Perguntado ainda sobre se a Vale dará apoio aos funcionários da companhia presos ontem pela polícia, Schvartsman afirmou que “a Vale sempre defenderá os seus funcionários”.

O presidente da Vale também assegurou que os cinco mil trabalhadores, entre funcionários próprios e terceirizados, que prestam serviço nas barragens que deixarão de existir não serão demitidos. Segundo ele, os funcionários serão realocados em outras atividades.

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